Ações da Pague Menos desabam, após Itaú BBA rebaixar recomendação
04 Gennaio 2024 - 5:23PM
Newspaper
As ações da Pague Menos desabam na B3 nesta quinta-feira (4),
registrando baixa de 10,10%, a R$ 3,47, às 11h50 (horário de
Brasília).
O movimento ocorre após o Itaú BBA cortar a recomendação de
outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à
compra) para marketperform (desempenho em linha com a média do
mercado, ou neutra). O preço-alvo foi cortado de R$ 5 para R$ 4,20
ao fim de 2024, o que implica em potencial valorização de 9% frente
o fechamento de quarta-feira.
Os analistas do banco atualizaram as estimativas para a Pague
Menos (BOV:PGMN3) para incorporar seus resultados mais recentes e
seu guidance (projeção) menor para a abertura de lojas. Confira
abaixo as revisões:
A empresa tem mantido o foco na conclusão da integração da
Extrafarma (que avançou significativamente ao longo de 2023) e no
fortalecimento de sua estrutura de capital, mas o ritmo mais lento
de abertura de lojas neste ano, juntamente com a expectativa de um
reajuste menor no preço dos medicamentos, levou a revisões para
baixo em seus números (magnificadas por nossa abordagem
conservadora em relação à subvenção do ICMS, após a aprovação da MP
1.185).
Assim, diante do múltiplo preço/lucro em 2024 de 37 vezes, os
analistas cortaram a recomendação.
Para eles, a alavancagem financeira da companhia está entre as
principais preocupações dos investidores sobre a tese.
” A empresa tomou medidas para melhorar sua estrutura de
capital, incluindo a captação de aproximadamente R$ 300 milhões em
capital próprio no terceiro trimestre de 2023 e, mais recentemente,
revisando seu guidance para abertura de lojas”, aponta.
O banco espera que a PGMN apresente uma relação dívida
líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) de 2,6 vezes no quarto trimestre de 2023, o que
implica em um caminho ainda significativo para atingir seu guidance
de alavancagem financeira de 1,7 vez até o final de 2024.
Já sobre a revisão para baixo na projeção de abertura de lojas,
o BBA ressalta que o crescimento orgânico fica em segundo plano por
mais um ano. A empresa revisou sua projeção de abertura de lojas em
2024 para 30 novas lojas brutas, ante 120 na estimativa
anterior.
As aberturas mais lentas de lojas já eram esperadas. “No
entanto, isso marca um segundo ano consecutivo de crescimento
orgânico mais lento do que o previsto. Parece necessário do ponto
de vista financeiro, mas também cria uma oportunidade para os
concorrentes (aqueles com uma posição financeira mais robusta)
ganharem participação de mercado nas regiões centrais da PGMN, o
que também pode pressionar a receita e a rentabilidade da empresa”,
avalia.
Os analistas avaliam que, até agora, a PGMN conseguiu manter uma
participação de mercado mais ou menos estável no Norte e no
Nordeste desde a aquisição da Extrafarma, mas um eventual
agravamento do ambiente competitivo permanece um ponto-chave a ser
monitorado.
Informações Infomoney
Grafico Azioni Empreendimentos Pague Me... ON (BOV:PGMN3)
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