O Banco do Brasil se destaca entre os maiores bancos listados da Bolsa. Ao lado do Itaú, a instituição financeira obteve os números mais consistentes ao longo das últimas temporadas de balanços. Ainda assim, na divulgação dos dados do primeiro trimestre de 2024, os papéis apresentaram queda de 4,37%.

A razão da desvalorização, apontada por analistas, foi a qualidade do resultado apresentado, com potencial agravamento no risco da carteira de crédito de pequenas e médias empresas e de grandes companhias. Mesmo com a recepção pouco calorosa do mercado aos dados, porém, analistas continuam recomendando o papel.

Nesta quarta-feira (29), as ações do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) puxam as negociações do Ibovespa, com queda de 0,22%, por volta das 14h40, cotadas a R$ 27,26. Assim, os papéis ampliam as perdas no acumulado de maio, para menos 0,66%.

Em 2024, as ações do banco têm leve alta de 0,31%. Em 12 meses, contudo, a valorização soma 33%, mesmo considerando os eventuais riscos que tornam o papel mais descontado.

Diante deste quadro, as ações do Banco do Brasil estão caras ou baratas?

As ações do Banco do Brasil estão caras ou baratas?

Inicialmente, é importante ressaltar que algumas métricas se destacam como mais relevantes, dentro da análise fundamentalista, para avaliação do preço atual da ação do BB – e a consequente resposta à pergunta!

Na análise completa sobre o papel, há mais fatores considerados, como o histórico da companhia, potencial de crescimento, riscos, entre outros.

Para Matheus Nascimento, da Levante Inside Corp, o banco negocia a múltiplos mais descontados, considerando o risco político presente para a companhia. “Na nossa opinião, é justificado por um prêmio de risco de ingerência política”, considera.

Ainda assim, o analista ressalta que o Banco do Brasil deve entregar bom nível de crescimento da carteira, especialmente considerando linhas de crédito consignado e também no segmento agro. A atratividade da tese seria, portanto, o avanço nas linhas de crédito e a assimetria.

Mesmo com a forte valorização recente, Milton Rabelo, analista da VG Research, ainda concorda que os papéis seguem descontados. O risco político antecipado desde a eleição de 2022, de acordo com o analista, não se materializou.

“As ações aumentaram consideravelmente, porém a instituição, já há alguns anos, tem reportado uma dinâmica sólida e consistentes de bons resultados. A CEO Tarciana Medeiros tem passado bastante credibilidade ao mercado”, pontua.

O banco negocia com preço sobre o lucro (P/L) abaixo dos pares, de acordo com levantamento da Consultoria Elos Ayta, a 4,47 vezes a relação entre os dados.

Ao considerar o preço da ação sobre valor patrimonial (P/VPA), o BB traz relação de 0,88 vezes (em linhas gerais, o parâmetro observado é que, se a relação é menor que 1, o papel pode ser considerado “barato”).

Quanto paga a ação BBAS3?

Para além do preço considerado “barato” por analistas e na observação das principais métricas do setor, o Banco do Brasil tem o diferencial de ser considerado um papel “bom pagador de dividendos“.

O dividend yield (taxa de retorno com dividendos) para o papel fica em quase 10% por Rabelo e em cerca de 12% para Nascimento. O analista da Levante reforça que a presença de bom retorno em dividendos torna o papel ainda mais atrativo.

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