SÃO PAULO, 20 de novembro de 2007 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assistiu hoje à assinatura de documento entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a empresa coreana Dongkuk Steel Mill, e o governo do Ceará para a construção de uma usina siderúrgica no Distrito Industrial de Pecém (CE). A unidade, quando instalada, terá capacidade inicial de produção de 2,5 milhões de toneladas anuais de placas de aço.
"O Brasil não pode ficar olhando a China sair de 30 milhões para 450 milhões de toneladas de aço por ano e nós, que temos grandes reservas de minério de ferro do mundo, ficarmos eternamente em 30 milhões de toneladas de aço", disse o presidente, no Palácio do Planalto.
"Temos que motivar o setor siderúrgico brasileiro a não ficar esperando que a China chegue a 600 milhões de toneladas [de aço] e a gente continue com 40 milhões de toneladas", completou.
De acordo com a Vale do Rio Doce, o estudo de viabilidade da usina deverá ser concluído nos próximos meses, e terá capacidade inicial de produzir 2,5 milhões de toneladas anuais de placa de aço, podendo chegar a 5 milhões de toneladas por ano. O investimento inicial estimado é de US$ 2 bilhões.
A usina funcionará à base de minério de ferro e carvão. No entanto, o presidente da CVRD, Roger Agnelli, garantiu que o projeto não prejudica o meio ambiente. Já o presidente da Dongkuk, Saejoo Chang, afirmou que a empresa trabalhará para a usina do Ceará ter competitividade no mercado. O governador do Ceará, Cid Gomes, também esteve na cerimônia, assim como ministros e parlamentares.
É isso aí, temos que começar a fazer frente à China, principalmente num país que tem o potencial do nosso. Certamente, isso impulsionará as Ações, que já estão de lado a mais de dias.
Eu vejo a colocação do presidente excelente, mas ele deveria avaliar que a produção brasileira é bastante onerada com os altos tributos existentes,que freiam o crescimento.
Aumentar a produção de aço é uma coisa. Competir com a China, que já está muito a frente é outra completamente diferente.
Sobre competição com a China, há vários artigos que dizem que devemos, sim, procurar nichos em que nós somos competitivos, com produtos com maior inovação tecnológica e de maior valor agregado.
Aumentar a produção, não depende somente de querer e sim de:Reduzir impostos,investir em infra-estrutura, em rodovias em ferrovias e geração de energia.
O grande problema dessas empresas é o dólar.
Estamos destruindo as nossas empresas geradoras de emprego, só exportamos matéria prima in natura.
Não agregamos nada nesse produtos.
Tentem comprar qualquer produto nacional, desde brinquedo, televisores, bicicletas,aparelhos de ginastíca, não se acha tudo é chinês.
Pobre pais.
Sinceramente não sou economista, e estou no mercado a pouquíssimo tempo, mas como geógrafo fico abismado com algumas coisas que escrevem aqui.
Não vejo onde está a dificuldade de competir com a China, tampouco o fato de estar \"muito a frente\", a frente de que? O crescimento chinês não é diferente do crescimento brasileiro (milagre econômico) nem dos países europeus e norte-americanos no pós guerra, pelo contrário é uma cópia mal atualizada do nosso passado, uma economia fortemente fordista, um sistema político classissista, excludente, extremamente conservador com fortes tendências facistas e ditatoriais, uma educação fraquissima, uma produção acadêmica baixissima. Uma legislação fraca, ultrapassada, e que está muito longe de ser moderna e justa. Ate pq se fosse moderna e justa, em todos os quesitos, sociais, econômicas, ambientais, eles jamais cresceriam o que crescem nos últimos anos.
Agora sem dúvida possuem uma estratégia, constroem muitas coisas e demandam muitos recursos, mas nada que nenhum país em fase de crescimento, desenvolvimento e posicionamento global já não tenha feito, salvo claro as proporções destas demandas, sejam para atender necessidades territoriais, seja por questões de desenvolvimento econômico nacional.
Não quero brigar com ninguém, apenas creio que o horizonte é mais complexo do que tem se colocado aqui.
Vejo o Edson dizendo, é necessário investir em infra-estrutura (rodovias e ferrovias, geração de energia), será que não sofremos hoje de um apagão educacional? de um apagão juridico? Será que os problemas são só de infra-estruturas, como a mídia pretende mostrar? Ou será que um sistema juridico mais eficiente não daria ao Brasil uma maior fluidez em toda a sua economia? Hoje temos mais de 100.000 empregos que não são ocupados pq não preenchemos alguns pré-requisitos, estamos falando de educação, de um número de pessoas com maior e melhor acesso a educação. Vejo por exemplo a Google, será que são necessários bilhões de US$, rodovias, energias, para se abrir algo tão simples, nós deixamos de produzir e de ampliar nosso horizonte corporativo pq sinceramente não pensamos, não conseguimos enxergar os paradigmas do mundo e consequentemente os meios de solucionar e ofertar ao mundo o que é necessário para seu desenvolvimento/reprodução, não fazemos isto pois falta a educação. Como o próprio Cosso disse e concordo com ele, precisamos trabalhar com produtos mais competitivos, de maior tecnologia e de maior valor agregado, mas como sem educação? Será que não produzimos isso pq as empresas não exploram nossas mentes brilhantes, ou pq faltam estas mentes brilhantes em volume para se produzir este tipo de produto, digo isso pq como pesquisador da UNICAMP sei de dados que comprovam isso e ainda de ouvir isso da boca dos principais presidentes de multinacionais no Brasil.
Por isso eu digo, não basta olhar apenas para os fatores econômicos, pensando que resolvendo eles resolvemos tudo, ter estradas, energia, etc apenas vai desafogar necessidades primárias da economia, não nos colocará a frente dos outros países, precisamos mudar nossa mente e a forma de concebermos nosso país em todos os quesitos, para nos desenvolvermos, afinal desenvolvimento social, ambiental e por aí vai, tbm produz desenvolvimento econômico, basta olhar para o mundo que veremos isso. E sem dúvida qquer empresa iria adorar estar em um palco assim.
Tem muita coerência em suas palavras, mas a China tem 1 bilhão de Chineses ávidos por consumo, está abrindo sua economia lentamente pois ainda é um país comunista, e já estão onde estão. Imagine se aderirem de vez ao capitalismo? Todas as empresas do mundo irão para lá.
Nossa chances de competir com a China devem ser relativizadas, de igual para igual, não dá.
Inclusive a corrupção política lá é muito alta, (partido comunista único).
Segundo vc, hoje temos aqui mais de 100.000 empregos que não são ocupados pq não preenchemos alguns pré-requisitos. Será que quem fez o investimento não teve esta visão? Por que fizeram o investimento aqui sem os pré-requisitos? Será que os capitalistas que investiram aqui são irresponsáveis e vão perder tudo? Pior, continuam investindo mais sem os pré-requisitos?
Acho que os seus conceitos não correspondem a realidade do capital.