Petrobras e Adnoc discutem Braskem durante visita de Prates ao Oriente Médio
15 Febbraio 2024 - 6:00PM
Newspaper
No fim da sua viagem iniciada na Índia em 6 de fevereiro, o
presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou em uma rede
social que se reuniu em Abu Dhabi com o ministro da Indústria e
Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos, presidente da COP28 e também
CEO da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), empresa interessada
em entrar no capital da Braskem (BOV:BRKM5). Com isso, as ações
BRKM5 chegaram a subir quase 5% na máxima do dia na sessão desta
quinta-feira (15): às 12h45 (horário de Brasília), o avanço era de
3,74%, a R$ 17,74.
O executivo aproveitou o carnaval para emendar um evento na
Índia sobre transição energética no setor de petróleo (India Energy
Week) com viagens a países do Oriente Médio – Kuwait, Arábia
Saudita e Emirados Árabes – para conversar sobre negócios em
andamento, como a Refinaria de Mataripe, na Bahia, vendida no
governo Bolsonaro para o fundo de investimentos árabe Mubadala, e
onde Prates já manifestou intenção de voltar a ter uma
participação.
Em Abu Dhabi, o encontro teve como tema Braskem, além de outras
oportunidades em gás offshore, refino e outras chances em
petroquímica.
A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) é sócia da Novonor na
Braskem e, assim como a Adnoc, está fazendo uma due dilligence na
petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia.
A Novonor controla a Braskem, com 50,1% do capital ordinário, e
a Petrobras tem 47%. A estatal tem direito de preferência na compra
da participação da Novonor e tem manifestado interesse em aumentar
seu posicionamento no setor petroquímico.
Prates, porém, já afirmou que o setor não se limita à Braskem,
mas ainda não decidiu se vai ficar na empresa. Segundo ele, são
necessárias várias reuniões porque o assunto é extremamente
complexo.
“A visita aos países do Golfo Arábico termina pelo Qatar nos
próximos dois dias, quando nos encontraremos com nossa congênere
Qatar Energy (antes QGPC e QPC) além de visitar um dos maiores
terminais de GNL do mundo”, disse Prates nas redes sociais.
Na visão do Bradesco BBI, apesar dos esforços recentes da Adnoc
para concluir a due diligence na petroquímica, uma possível oferta
poderá ser adiada devido à CPI da Braskem, o que ajudará a avaliar
com mais detalhes se as provisões da petroquímica precisarão ser
aumentadas após o caso do afundamento do solo na cidade de Maceió,
em Alagoas.
Informações Infomoney
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