A empresa CSN (BOV:CSNA3) divulgou no dia 04 de
março o balanço do quarto trimestre com lucro líquido de R$ 1,134
bilhão.
Em comunicado ao mercado, a empresa comunicou ontem, dia 25, que
a AGO será adiada para o dia 30 de abril, devido o coronavírus.
A receita líquida no trimestre (4T19) foi de R$ 6,524
bilhões.
A receita líquida de vendas da CSN atingiu R$25,436 bilhões, um
aumento de 10,74%. Esse resultado foi acima do consenso da Thomson.
Quando analisamos a receita por segmento, temos que 52,77% advém da
Siderurgia, 37,94% advém da Mineração, 5,91% advém da Logística
(Porto e Ferrovia).
![](https://tc.tradersclub.com.br/files/o5ut97gu4i8uudfhsjt6x441mh/public?h=e6GvO7MMaiN2mhjEzSodpamq0szcie1R5LmLKmbVG4M)
Quando separamos a Receita por região, temos que 56,95% da
receita é advém do mercado externo e 43,05% do mercado interno.
Quanto ao custo a companhia encerrou o ano com R$17,263 bilhões
de resultado, um aumento de 7,19%. Esse aumento se deve ao aumento
do preço das matérias primas, impacto da parada de uma das plantas
e maiores volumes de venda de minério de ferro.
Assim, o Lucro Bruto da CSN aumentou em 19,09% encerrando o ano
de 2019 com um resultado de R$8,173 bilhões de reais. Esse aumento
fez com que a Margem Bruta da companhia saísse de 29,88% em 2018
para 32,13% no ano de 2019. Resultado Positivo para a
companhia.
As despesas com vendas aumentaram em 3,5% terminando o ano de
2019 com um resultado de R$2,342 bilhões. Já as despesas gerais e
administrativas aumentaram em 3,45% terminando o ano de 2019 com um
resultado de R$511,065 milhões.
As outras receitas operacionais tiveram uma diminuição de 87,52%
totalizando um resultado de R$503,770 milhões em 2019. Essa
diminuição se deve a fatores não recorrentes que aconteceram no ano
de 2018 como: a exclusão de PIS e COFINS a compensar em um valor de
791% maior em 2018, Atualização ações – VJR e a Remissão de dívida
intragrupo.
Já as outras despesas operacionais aumentaram em 80,87% no ano
de 2019 terminando o ano de 2019 com um resultado de R$2,406
bilhões, esse aumento se deve principalmente ao aumento do
hedge que a companhia faz, multas contratuais e da
Ociosidade nos estoques e equipamentos paralisados.
As Receitas Financeiros tiveram uma redução de 71,08%
totalizando um resultado de R$379,049 milhões em 2019. Essa
diminuição se deve a atualização monetária do reconhecimento da
exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.
As despesas financeiras tiveram uma redução 10,55% encerrando o
ano de 2019 com um resultado de R$2,510 bilhões. Essa redução se
deve a menores juros de empréstimos e a variação cambial.
Assim, o resultado financeiro foi de R$2,131 bilhões, um aumento
de 42,49% de acordo com os comentários acima.
Por fim, o lucro líquido da companhia foi de R$2,244 bilhões,
uma redução de 56,84%. Essa redução se deve principalmente a
fatores não recorrentes que impactaram o lucro líquido da companhia
em 2018, bem como o aumento do resultado financeiro em 2019 e das
despesas operacionais.
O Lucro Líquido da companhia também foi acima do consenso de
acordo com a Thomson Reuters.
Análise da Demonstração do Fluxo de Caixa
Houve um aumento na geração de caixa R$3,714 bilhões, um aumento
de 3,64% em 2019. Apesar disso houve uma redução de 51,64% no Caixa
da Companhia, encerrando o ano de 2019 com um saldo de R$1,088
bilhões. Essa redução se deve principalmente a maiores aquisições
de imobilizado e a maior amortização dos empréstimos da
companhia.
Análise Balanço Patrimonial
A companhia encerrou o ano de 2019 com um saldo de Clientes de
R$2,047 bilhões, uma redução de 1,46%. Essa redução se deve
principalmente a redução de clientes no mercado interno, apesar
disso houve um aumento de clientes no mercado externo, mas em
proporção menor.
Os estoques da companhia aumentaram em 4,83% totalizando o ano
de 2019 com um saldo de R$5,282 bilhões. Esse aumento se deve a
maior quantidade de produtos acabados e produtos em elaboração.
Já os fornecedores da companhia tiveram uma diminuição de 11,60%
terminando o ano de 2019 com um saldo de R$3,012 bilhões.
Conforme a figura abaixo, vemos uma preocupação da companhia em
diminuir os prazos médios de recebimento e estoques, apesar disso,
houve um aumento prazos de pagamento. Porém de forma geral, houve
uma diminuição do ciclo financeiro da empresa, um fato positivo
para a gestão.
![](https://tc.tradersclub.com.br/files/nsjd41kchf83fde4hkb8xnijhw/public?h=gXOvhWsWe_YrGci-IjwuXy54Z1AcWzAZZB2_O9WGXOA)
Fonte : Release 2019
Outro fator importante são os Empréstimos da companhia que
terminaram o ano de 2019 com um saldo de R$27,967 bilhões, uma
redução de 2,98%. Conforme a figura abaixo, vemos um trabalho da
companhia na busca do endividamento da companhia, mais um sinal
positivo para a empresa.
![](https://tc.tradersclub.com.br/files/1yos8zqyejbbdp3hifpqkkju6o/public?h=M9GM-uwwpbeyDOn6Q3B4LNeTjdxLijf8nhfaWNKvKEE)
Outros Resultados
Recorde histórico na produção de minério em 32,1Mton.
Redução de 0,81x no nível de alavancagem.
Geração de EBITDA ajustado recorde de R$7.251MM. No quarto
trimestre, o EBTIDA foi de R$ 1,580 bilhões.
As vendas de aço somaram 1,117 milhões no 4T19, as vendas de
minério foram de 10,33 milhões e a dívida líquida foi de R$
27,10 bilhões no trimestre.
A empresa comunicou que irá buscar alternativas rápidas para
desalavancagem e o IPO da unidade de mineração é uma
possibilidade.
Com a alta do dólar, a CSN elevará o preço do aço em cerca de
10% no 2T20.
Grafico Azioni SID NACIONAL ON (BOV:CSNA3)
Storico
Da Giu 2024 a Lug 2024
Grafico Azioni SID NACIONAL ON (BOV:CSNA3)
Storico
Da Lug 2023 a Lug 2024