CSN divulgou lucro líquido de 345,2 mi no 2T20
29 Luglio 2020 - 2:10PM
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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (BOV:CSNA3) encerrou o
segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 345,2 milhões, que
representa um recuo de 80,2% em relação ao lucro de R$ 1,7 bilhão
registrado no mesmo período de 2019.
O forte recuo da última linha do balanço foi provocado por um
saldo negativo de R$ 392,2 milhões na linha Imposto de Renda e
Contribuição Social sobre o Lucro, enquanto que, no ano passado,
ele era positivo em R$ 1,1 bilhão. O resultado antes de tributos
somou R$ 838,1 milhões, alta de 8%.
A CSN registrou entre abril e junho deste ano uma receita
líquida de R$ 6,2 bilhões, queda de cerca de 10% frente aos R$ 7
bilhões do ano anterior. No período, as vendas de aço caíram 14%,
para 1 milhão de toneladas, e as vendas de minério de ferro
recuaram 24%, para 7,7 milhões de toneladas.
A empresa destacou que, na comparação com o primeiro trimestre,
a receita líquida subiu 17% por conta da recuperação do volume de
produção e vendas de minério de ferro. As vendas das commodities em
base trimestral subiram 38%.
As despesas operacionais diminuíram 2,7%, para R$ 1,3 bilhão,
com as despesas com vendas recuando 6% e as despesas gerais e
administrativas subindo 0,6%. O grupo de “outras receitas e
despesas operacionais” atingiu valor negativo de R$ 791 milhões,
advindo principalmente da realização a resultado de “hedge
accounting”.
O resultado da linha financeira foi positivo em R$ 285 milhões,
revertendo o resultado negativo do segundo trimestre de 2019,
impactado pelo custo da dívida de R$ 536 milhões, parcialmente
compensado pela valorização das ações da Usiminas que gerou ganho
sem efeito caixa de R$ 523 milhões, além de receitas financeiras
oriundas de créditos indenizatórios.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) caiu 33%, a R$ 981 milhões. Em termos
ajustados, ele recuou 19%, a R$ 1,9 bilhão.
A CSN informou também a atualização em algumas das projeções da
companhia para 2020 e 2021, após a publicação dos resultados do
segundo trimestre. A siderúrgica espera, agora, atingir alavancagem
de 3,75 vezes no indicador dívida líquida sobre lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em
inglês) ajustado no fechamento do balanço anual de 2020. Para o fim
de 2021, a expectativa é que o indicador seja de 3 vezes.
A empresa também espera encerrar 2021 com R$ 23 bilhões de
dívida líquida.
No segundo trimestre, a relação dívida líquida/Ebtida ajustado
foi de 5,17 vezes, contra 3,65 vezes no mesmo período do ano
passado e 4,78 vezes no fim do primeiro trimestre de 2020.
No fim de junho, a dívida líquida ajustada era de R$ 33,12
bilhões, crescimento de 24% na comparação anual e de 1% ante o fim
de março de 2020.
O caixa da companhia encerrou o trimestre em R$ 5,18 bilhões,
alta de 63% na comparação anual e de 25% em relação a março.
Por Ivan Ryngelblum e Rodrigo Rocha, Valor
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