Emae: fundo Phoenix arremata a estatal por R$ 1,04 bilhão
22 Aprile 2024 - 4:54PM
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O Fundo Phoenix, administrado pela Trustee DTVM, e que tem entre
seus cotistas o empresário Nelson Tanure, venceu o primeiro leilão
de privatização do governador do Estado de São Paulo Tarcísio de
Freitas. Com deságio de 33,68%, o fundo arrematou a estatal Emae
(Empresa Metropolitana de Águas e Energia) por R$ 1,04 bilhão.
As ações da empresa, que se mantinham estáveis até o início do
leilão, despencou durante a disputa. Até as 16h38, os papéis
derretiam 32,89%.
Além do Fundo Phoenix, participaram da disputa a Matrix Energy –
ligada à comercializadora Matrix Energia, empresa detida pela DXT
International S.A. (50,01%), parte do Grupo Duferco, e por fundos
de investimento sob gestão da Prisma Capital (49,99%) – e o grupo
francês EDF. A disputa ocorreu na tarde desta sexta-feira, na B3,
na capital paulista.
O vencedor do certame passará a gerir um ativo com 906 megawatts
(MW) em geração hidrelétrica suficiente para abastecer 825 mil
residências na Grande São Paulo. A hidrelétrica de Henry Borden
(889 MW) é o principal ativo da empresa, inaugurada em 1920 e
localizada no pé da Serra do Mar.
O portfólio conta ainda com outras três Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH), oito barragens e duas usinas elevatórias. A
empresa também tem papel importante no controle das cheias no
Estado, regulando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê e ajudando a
prevenir alagamentos. Para isso, é feito o bombeamento das águas do
rio para o Reservatório Billings.
Outro serviço prestado pela Emae é a travessia por meio de
balsa. A empresa transporta diariamente pessoas e veículos nas
travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso. “Mensalmente, o
serviço da Emae realiza uma média de 14 mil viagens e transporta
gratuitamente 161 mil passageiros e 158 mil veículos”, informou o
Governo do Estado.
Embora seja uma empresa pequena, a privatização da Emae tem
grande significado para Tarcísio de Freitas, que consegue avançar
com um processo que vinha sendo considerado um teste para a
privatização da Sabesp.
No ano passado, a Emae (BOV:EMAE3) (BOV:EMAE4) teve receita
líquida de R$ 603 milhões e valor de mercado, de R$ 2,3 bilhões.
Além do governo paulista, participam da composição acionária da
estatal a Companhia Metropolitana de São Paulo, a Eletrobras e uma
parcela minoritária com outros acionistas. A fatia à venda
corresponde às participações do governo e do Metrô, que somam quase
40% da empresa.
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