GSGI34 Goldman Sachs

A partir desta segunda-feira (23), os nova-iorquinos têm a oportunidade de alugar apartamentos na histórica 55 Broad Street, edifício que abrigou a sede do Goldman Sachs Group Inc. (NYSE:GS) entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1980. Localizado a um minuto de caminhada da Bolsa de Valores de Nova York, o prédio está situado em uma rua que já foi dominada por gigantes financeiros como Drexel Burnham Lambert, Bank of America e o então JP Morgan & Co.

O  Goldman Sachs Group também é negociado na B3 através da BDR (BOV:GSGI34).

Atualmente, o cenário é bem diferente. A influência da indústria financeira no bairro diminuiu significativamente, especialmente após a pandemia, dando lugar a um ambiente mais residencial e dinâmico. Um antigo New York Sports Club, antes frequentado por banqueiros, transformou-se em um playground coberto para famílias jovens, e estabelecimentos como o restaurante Serafina substituíram lojas de ternos masculinos.

Nathan Berman, diretor executivo da Metro Loft Development, uma das empresas responsáveis pelo projeto, afirma que o distrito financeiro evoluiu para uma área que funciona 24 horas por dia. “Antes era uma opção secundária, agora é um destino desejado e um bairro muito confiável”, comenta Berman.

No ano passado, a Metro Loft e a Silverstein Properties adquiriram o edifício de quase 60 anos, que enfrentava dificuldades para atrair inquilinos comerciais em busca de construções mais modernas. Larry Silverstein, para quem esta é a primeira conversão de escritório para residencial, destaca que o design do prédio é ideal para o projeto, permitindo que todos os apartamentos recebam luz natural sem a necessidade de alterações estruturais significativas.

A transformação resultará em 571 apartamentos, com conclusão prevista para meados do próximo ano. As unidades menores nos andares superiores já estão quase prontas, e os primeiros moradores devem se mudar em novembro. Segundo a Bloomberg, os apartamentos contarão com tetos de 3 metros de altura, cozinhas italianas personalizadas e uma série de comodidades, como academia, centro de ioga, estações de lavagem para animais de estimação, piscina na cobertura e áreas para churrasco.

Os valores de aluguel variam de acordo com o tamanho das unidades. Estúdios serão ofertados por cerca de US$ 4.000 mensais, enquanto apartamentos de três quartos custarão aproximadamente US$ 10.000 por mês. Há também apartamentos de dois quartos com cerca de 84 metros quadrados.

Os desenvolvedores adquiriram a propriedade de aproximadamente cerca de 40.880 metros quadrados por US$ 173 milhões e estimam que a conversão custará cerca de 60% do valor necessário para construir um novo edifício. Isso se deve, em parte, à economia gerada por evitar o longo processo de licenciamento exigido para novas construções.

A cidade de Nova York está buscando incentivar mais conversões de escritórios para residências como forma de aliviar a escassez de moradias. Estão sendo oferecidos benefícios fiscais para projetos que incluam unidades acessíveis. No caso da 55 Broad Street, os desenvolvedores consideram destinar 25% das unidades como habitações acessíveis em troca desses incentivos.

Além disso, a cidade oferece um programa acelerador para proprietários que desejam converter edifícios de escritórios em residenciais com 50 ou mais unidades, facilitando as aprovações governamentais necessárias. Mais de 70 edifícios já fazem parte do programa, e espera-se que um projeto de lei seja votado ainda este ano para ampliar o número de propriedades elegíveis para tais conversões.

John Cetra, arquiteto responsável pelo projeto e membro da CetraRuddy, está otimista com o futuro das conversões no distrito financeiro. Se o novo projeto de lei for aprovado, ele acredita que o interesse por esse tipo de empreendimento aumentará significativamente na região central da cidade.

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