Copel: MME define outorga de R$ 3,72 para renovar concessões de três usinas hidrelétricas
11 Aprile 2023 - 3:01PM
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A companhia paranaense de energia elétrica Copel terá que pagar
R$ 3,72 bilhões a título de bônus de outorga para renovar as
concessões de três usinas hidrelétricas, segundo portaria dos
Ministérios de Minas e Energia e da Fazenda publicada nesta
terça-feira no Diário Oficial da União.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:CPLE3)
(BOV:CPLE5) (BOV:CPLE6) nesta terça-feira (11). Confira o comunicado na íntegra.
As hidrelétricas pendentes de renovação contratual são as de
Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, ativos que compõem parte
relevante do parque gerador da Copel, somando 4.176 megawatts (MW)
de capacidade instalada.
Segundo a portaria, o pagamento da outorga de concessão deverá
ocorrer em parcela única, em até vinte dias, contados do ato da
assinatura dos novos contratos de concessão. O valor estabelecido
ainda passará pela análise do Tribunal de Contas da União (TCU),
informou a Copel.
A companhia poderá renovar concessões hidrelétricas em processo
concomitante com sua privatização, conforme decreto publicado no
final do ano passado. Pelas regras anteriores, a companhia teria
que se desfazer do controle do ativo se quisesse mantê-lo, ainda
que com uma participação minoritária.
“A definição do bônus de outorga constitui uma etapa do processo
de obtenção de novo contrato de concessão das UHEs (hidrelétricas)
pelo prazo de até 30 anos”, disse a empresa, no fato relevante.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O próximo passo é o Tribunal de Contas da União (TCU) sancionar
o cálculo do título mínimo de concessão, o que os analistas
acreditam que será feito sem percalços. O TCU já havia aprovado o
título mínimo de concessão para uma das três hidrelétricas em
questão há algumas semanas (Foz de Areia), e a única mudança agora
é uma atualização dos parâmetros (ou seja, principalmente preços de
energia de longo prazo que diminuíram) além de incluir dois novos
ativos como parte do pacote de extensão total.
O banco aponta que o último grande passo da privatização da
Copel é a aprovação de todo o processo pelo Tribunal de Contas do
Estado do Paraná (TCE), incluindo a fixação do preço mínimo da
oferta que diluirá o estado para níveis abaixo do controle – o
mesmo que foi feito pelo TCU para a privatização da Eletrobras
(ELET3;ELET6).
“Isso pode ser feito nos próximos 2 a 3 meses e, em nossa
opinião, o TCE do Paraná fará uma abordagem técnica para a
privatização da Copel (as negociações políticas já ocorreram na
Assembleia Legislativa do estado em dezembro de 2022, quando foi
aprovado a lei sobre a privatização)”, avalia o banco.
O banco destaca que a CPLE6 fechou a sessão da véspera a R$ 7,17
por ação, e como uma empresa privatizada, estima um valor justo
atual de R$ 11 a R$ 12 por ação, implicando um aumento de
60%-70%.
Bradesco BBI têm recomendação de compra.
Informações Reuters
Grafico Azioni COPEL PNA (BOV:CPLE5)
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