A MRV&Co registrou vendas líquidas maiores no segmento de incorporação no quarto trimestre contra um ano antes, com geração de caixa ajustada de R$ 266 milhões.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:MRVE3) nesta segunda-feira (13).

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De acordo com prévia operacional da companhia, a MRV Incorporação, das marcas MRV e Sensia, somou R$ 2,6 bilhões em vendas líquidas no quarto trimestre, um crescimento de 19,2% ante os últimos três meses de 2023.

A geração de caixa no período consolidou um fluxo positivo de R$ 422,6 milhões para o segmento no acumulado de 2024, superior à previsão da empresa, de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões.

Os números financeiros serão anunciados pela companhia 25 de fevereiro, mas a previsão da MRV&Co é de um lucro líquido entre R$ 250 milhões e R$ 290 milhões em 2024 para a divisão de incorporação, com uma margem bruta entre 26% e 27% e receita operacional líquida (ROL) de R$ 8 bilhões a R$ 8,5 bilhões.

“A geração de caixa era a métrica mais desafiadora para o alcance no ano”, afirmou o diretor financeiro da companhia, Ricardo Paixão, à Reuters.

“Então as outras métricas estavam ainda mais ‘na mão’ do que a geração de caixa, tanto ROL, quanto margem bruta, quanto a questão do lucro líquido”, afirmou, reforçando confiança sobre o atingimento dos demais indicadores previstos.

O valor de lançamentos de empreendimentos habitacionais no quarto trimestre totalizou R$ 2,94 bilhões, avanço de 50,8% no comparativo anual, enquanto a velocidade de vendas líquida (VSO) encerrou dezembro em 31,9%, 0,8 ponto percentual acima de um ano antes.

Sobre as perspectivas para 2025, o executivo disse que espera uma correção pela inflação das faixas de renda elegíveis para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida e ressaltou os novos critérios para aquisição de imóveis usados dentro do programa, que devem consumir menos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Tem alguns parâmetros do programa que podem ser ajustados ainda. A gente tem expectativa (no setor) de correção das faixas de renda pela inflação”, afirmou. “Acho que isso é um ponto bastante importante.”

Prévia de Resia

Entre as subsidiárias do grupo, a norte-americana Resia, que está sob uma nova estratégia voltada para simplificação de suas operações e desalavancagem do grupo, teve queda de 14,4% ano a ano no valor geral de vendas (VGV), a R$ 226 milhões.

A operação nos Estados Unidos, que tem sido prejudicada por juros ainda elevados no país, totalizou uma geração de caixa de R$ 74,5 milhões no período, contra consumo de R$ 40,2 milhões no quarto trimestre de 2023.

Ainda assim, a Resia encerrou 2024 com queima acumulada de R$ 453,2 milhões, puxada principalmente por investimentos em novos projetos, que totalizaram R$ 1,06 bilhão.

A companhia está em meio a um plano de desinvestimento e desalavancagem que prevê a arrecadação de US$ 800 milhões por meio da venda de ativos até o final de 2026. Destes, US$ 46,5 milhões já foram levantados com vendas dos empreendimentos Hutto Square e Marvida, no Texas.

Até o fim do próximo ano, a Resia prevê desmobilizar mais de 60% do seu banco de terrenos, que fechou 2024 com um VGV de R$ 18,2 bilhões, 12,5% acima do verificado um ano antes.

Dentro do conjunto futuro de projetos da Resia, especializada na construção de imóveis residenciais para aluguel e posterior venda, o VGV total dos empreendimentos em processo de locação somava US$ 539 milhões até dezembro de 2024, segundo a prévia operacional.

Paixão disse que o “grande direcionador” do plano para deixar a companhia mais enxuta foi a perspectiva de juros altos durante mais tempo nos EUA, reforçada nos últimos dias por dados econômicos que apontam para uma economia ainda resiliente.

Questionado se em algum momento chegou a ser avaliada a opção de uma separação da Resia do restante do grupo, o diretor financeiro respondeu: “A gente já pensou, acho que para fazer isso tem que ter o momento certo, e o momento certo não seria agora.”

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VISÃO DO MERCADO

A MRV&Co divulgou na noite da última segunda-feira (13) sua prévia operacional do quarto trimestre de 2024 que foi considera positiva pelo mercado e impulsiona as ações. Às 10h20 (horário de Brasília) desta terça-feira (14), os ativos subiam 5,01%, a R$ 5,45.

O Itaú BBA destaca que a empresa relatou uma melhora nos lançamentos e vendas, mantendo margens sólidas em novos negócios, apesar da aceleração do INCC. Além disso, segundo BBA, a MRV também registrou fluxo de caixa positivo na Resia, liderado pelas vendas de ativos que foram divulgadas anteriormente no final de 2024.

A geração de caixa no período consolidou um fluxo positivo de R$ 422,6 milhões para o segmento no acumulado de 2024, superior à previsão da empresa

O Bradesco BBI avaliou os números como positivos, com destaque para a geração de caixa nas operações de desenvolvimento brasileiras atingiu R$ 422 milhões no final de 2024, superando a orientação da empresa em R$ 22 milhões, impulsionada pelos R$ 2,2 bilhões de recebíveis de vendas em 2024.

O BBI também pontua que a MRV registrou fortes números de lançamento e vendas no 4T24 e no final de 2024, atingindo a marca de R$ 10 bilhões no ano, bem como sua margem bruta em novas vendas permaneceu estável, refletindo o cenário de inflação mais alta.

A MRV continuou a mostrar uma tendência positiva na frente operacional, e BBI espera ver uma geração de caixa operacional positiva – excluindo venda de recebíveis – nos resultados do 4T24 para confirmar isso.

Por outro lado, embora a avaliação pareça atraente em termos absolutos em 0,4 vez Preço/Valor Patrimonial, o BBI acredita que um desempenho superior significativo dependerá de eventos que possam reduzir a complexidade da tese de investimento (por exemplo, na cisão da Resia e na melhoria adicional na geração de caixa).

O BTG Pactual, por sua vez, comenta que os resultados operacionais do quarto trimestre foram sólidos, com fortes lançamentos e vendas no Brasil. Contudo, o fluxo de caixa decepcionou, uma vez que a empresa cumpriu seu guidance para o ano de 2024, mas com vendas de recebíveis muito mais altas do que o inicialmente previsto (o que significa que a geração de caixa operacional foi mais fraca do que o esperado).

A equipe de analistas do BTG disse gostar das iniciativas da MRV para reduzir o tamanho de suas operações nos EUA (Resia) e desalavancar, mas o cenário macro se deteriorou muito recentemente, e as taxas de juros mais altas podem prejudicar seus resultados e a geração de caixa.

De maneira geral, à primeira vista, o Goldman Sachs avalia que foi um trimestre melhor do que os recentes, embora o alto nível de endividamento continue sendo uma preocupação para a empresa. Com isso, espera uma reação neutra a positiva das ações. A

Segundo Goldman, a geração de caixa da Resia foi positiva, ajudada pela venda de ativos no valor de R$ 474 milhões, previamente anunciada, gerando R$ 75 milhões em caixa. “Embora a construtora brasileira (MRV Inc.) tenha mostrado uma geração de caixa de R$ 266 milhões, quando ajustado para swaps e vendas de recebíveis, o resultado seria uma leve queima de caixa de cerca de R$ 7 milhões”, pontua o banco americano.

Com relação às recomendações, o BBA, BBI e BTG mantiveram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 10, R$ 15 e R$ 17. O Goldman Sachs, por sua vez, reiterou classificação neutra e preço-alvo de R$ 8.

Informações Reuters
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