Em 2021, Li-Chen Miller, então na Microsoft, comprou um par de Ray-Ban Stories, óculos inteligentes da Meta Platforms (NASDAQ:META). Ela ficou insatisfeita com o produto e, sem ser solicitada, enviou um e-mail com sugestões ao chefe de wearables da Meta, Alex Himel. Segundo uma reportagem da Bloomberg, as críticas e sugestões de Miller foram tão bem recebidas que lhe renderam um cargo na Meta no ano seguinte.

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Agora à frente da divisão de wearables da Meta, Miller supervisiona os Ray-Ban Stories e está envolvida no desenvolvimento de óculos de realidade aumentada (RA), projeto codinome “Orion”. A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, tem apostado bilhões de dólares na ideia de que óculos de RA serão a próxima grande plataforma de computação, talvez até substituindo smartphones no futuro.

Os Ray-Ban Stories atuais não possuem recursos de RA, mas têm câmeras, alto-falantes e assistentes de IA. Com um preço de US$ 299, já venderam mais de 700.000 unidades desde 2023. A Meta planeja, eventualmente, fundir a moda dos Ray-Ban com as funcionalidades de RA, tornando-os elegantes e práticos.

Outras empresas, como Google e Snap, tentaram lançar óculos de RA, mas não obtiveram sucesso devido à estética ou funcionalidade limitada. A Meta quer vencer esse desafio, reduzindo sua dependência da Apple e do Google no mercado de smartphones, onde esses rivais atuam como intermediários entre a Meta e seus consumidores.

Li-Chen Miller desempenha um papel crucial nesse processo. Conhecida por sua dedicação e atenção aos detalhes, ela traz consigo quase duas décadas de experiência na Microsoft, onde trabalhou em produtos como o Xbox e o Windows Phone. Essa expertise tem sido valiosa para a Meta, já que os óculos da empresa exigem a combinação de tecnologia avançada com um design leve e elegante.

Miller também testa intensivamente os produtos da Meta. Durante as Olimpíadas de Paris, ela levou três pares de óculos inteligentes da Meta para testá-los em diferentes condições e forneceu feedback detalhado ao retornar. Sua obsessão por melhorias contínuas tem sido crucial para o desenvolvimento do produto.

Os avanços na IA também foram importantes para o sucesso dos óculos mais recentes. O assistente de voz aprimorado os torna mais úteis, e Zuckerberg acredita que essa melhoria aumentará a adoção. Atualmente, a demanda pelos óculos supera a capacidade de produção da Meta.

Além disso, Miller foi peça-chave no desenvolvimento do formato “olho de gato” dos óculos, criado em colaboração com a Ray-Ban. Ela também trabalhou para melhorar a câmera dos óculos, garantindo que eles ofereçam fotos de alta qualidade.

Em uma entrevista à Bloomberg Businessweek, Miller afirmou que sua motivação para se juntar à Meta foi o desejo de trabalhar em algo que ainda será relevante nos próximos dez anos. Ela foi atraída pela ambição da empresa e pelo comprometimento de Zuckerberg com inovações tecnológicas.

Os primeiros óculos inteligentes da Meta, lançados em 2021, enfrentaram críticas, com apenas 10% dos usuários os utilizando regularmente. No entanto, Zuckerberg está otimista desta vez, acreditando que as melhorias na IA e no design farão a diferença.

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