Melnick iniciará operações no mercado imobiliário de São Paulo, em parceria com a Even
30 Gennaio 2025 - 2:45PM
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A Melnick dará início à atuação no mercado imobiliário na
capital do Estado de São Paulo, em parceria com a Even, por meio de
um projeto imobiliário com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 700
milhões, sendo que a participação da Companhia é de 25%.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:MELK3)
nesta quarta-feira (29).
Com esse movimento, a Melnick, que teve a Even como acionista
durante 16 anos de uma parceria bem-sucedida, entre 2008 e 2024,
avança em sua estratégia de expansão, marcando presença em quatro
importantes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e,
agora, São Paulo.
Quando a Even deixou de ser acionista da Melnick, na segunda
metade do ano passado, o “casamento” de quase duas décadas entre as
empresas parecia ter chegado ao fim. Mas as duas companhias do
setor imobiliário acabam de anunciar que reataram, em um arranjo
diferente. Agora elas vão ser parceiras na construção de um
empreendimento específico: um imóvel de alto padrão na Vila
Madalena, na zona oeste da capital paulista. A parceria marca a
chegada da incorporadora gaúcha à São Paulo, onde a Even já é um
player experiente.
Nessa nova configuração, a Melnick entra como investidora,
injetando recursos e prestando consultoria para a construção do
empreendimento. O desenvolvimento imobiliário em si vai ser feito
pela Even. O empreendimento em questão é o Projeto Harmonia,
edifício de alto padrão. São 80 unidades de cerca de 355 metros
quadrados, além de uma completa área de lazer.
Em dezembro, a Melnick já havia anunciado uma parceria
semelhante com a incorporadora Müze, de Santa Catarina, para a
construção do empreendimento Tempo, em Itajaí. O projeto consiste
em sete torres residenciais, um hotel de luxo da rede Emiliano e
tem VGV de R$ 2,5 bilhões.
Todos esses movimentos têm acontecido dentro da Melnick
Partners, um braço criado pela empresa para explorar novos
empreendimentos fora do Rio Grande do Sul junto com incorporadores
com experiência nesses outros mercados.
“Vimos que esse é um grande vetor de crescimento para a empresa.
As parceiras tem bons projetos , mas nesse atual momento, estão
mais conservadoras”, afirmou o CEO Leandro Melnick, ao
InfoMoney.
“Quando os juros estão altos, o capital fica escasso. Então as
empresas preferem aportar menos caixa no desenvolvimento
imobiliário”, complementa.
A Melnick, por sua vez, vem “sofrendo” de um excesso de capital,
segundo o CEO. A companhia levantou mais de R$ 700 milhões na Bolsa
em setembro de 2020, quando os juros da economia estavam em 2% – e
em menos de um ano e meio a taxa chegou a dois dígitos. Nessa
conjuntura, valia mais a pena o dinheiro deixar o dinheiro rendendo
no banco do que se arriscar em investir em crescimento. E foi o que
a Melnick fez.
“Hoje estamos no momento ‘D+1’ do IPO, com a capitalização da
empresa no mesmo patamar de caixa”, diz o executivo. Nas parcerias,
a Melnick entra com 25% a 50% do valor do projeto. No Paraná, a
empresa fechou parceria com a Piermonte para a construção de um
empreendimento com cerca de R$ 190 milhões em VGV.
No Rio Grande do Sul, a Melnick concilia a incorporação própria
com o modelo de parcerias e já uniu forças a quatro incorporadoras
da região, somando mais de R$ 1 bilhão em lançamentos nos últimos
anos.
“Hoje não olhamos para o mercado de Porto Alegre como um vetor
de crescimento. Ele não está decrescendo, mas está estagnado”, diz
Melnick.
Mesmo dando vazão aos recursos que estavam represados em caixa,
a companhia quer manter o histórico de boa pagadora de proventos e
ambição de ser “a maior distribuidora de dividendos do Brasil”. O
CEO lembra que, há 15 anos seguidos, a Melnick distribuiu 90% de
seu lucro médio em proventos, algo em torno de R$ 100 milhões
anuais.

Com informações Infomoney
Grafico Azioni Melnick Desenvolvimento ... ON (BOV:MELK3)
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