Bancos credores da Novonor estão estudando converter suas dívidas em ações da Braskem
02 Luglio 2024 - 7:06PM
Newspaper
A novela sobre o destino da fatia da Novonor (antiga Odebrecht)
na Braskem segue trazendo novos desdobramentos. De acordo com
informações do Broadcast do último fim de semana, os bancos
credores da Novonor – Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e
BNDES -, estariam novamente estudando converter suas dívidas em
ações da petroquímica.
A alternativa não é a preferida das instituições financeiras,
mas como a Adnoc desistiu de comprar a participação da Novonor na
petroquímica, essa opção ganhou força, segundo reportagem do
Broadcast.
Ao mesmo tempo, o agravamento da situação de antigas minas de
sal-gema da Braskem (BOV:BRKM5) em Maceió inviabilizou o
negócio, mas não finalizou o impasse entre os bancos e a
Novonor.
Vale lembrar que a aprovação do plano de recuperação judicial da
Novonor há alguns anos foi condicionada à venda da participação da
Novonor na Braskem, e as ações da petroquímica foram oferecidas
como garantia para assegurar que o processo ocorresse.
O Bradesco BBI comenta que a alternativa pode ser deixada de
lado caso surjam novos potenciais compradores interessados na
participação da Novonor na companhia, como a PIC, e eles sigam
adiante com o processo de compra.
Já o BTG pontua que converter as dívidas da Novonor em
participação acionária na Braskem “não é surpresa”, mas trata-se de
um processo complexo, tendo em vista a dificuldade de alinhar
interesses entre os cinco bancos envolvidos.
Se esse processo avançar, os acionistas minoritários poderiam se
beneficiar dessa alternativa, já que o estatuto da companhia define
direitos de tag along para minoritários em caso de mudança de
controle. No entanto, o BTG não acredita que esse seria o cenário
base. O tag along é uma nomenclatura técnica usada para
caracterizar o direito dos acionistas minoritários de venderem suas
ações nas mesmas condições de preços ofertadas aos acionistas
majoritários, durante a aquisição do bloco de controle.
Sobre os cenários, o banco aponta que, primeiro, os termos da
operação precisam ser esclarecidos, incluindo se a Novonor mantém
alguma participação e se a Petrobras (PETR4) mantém seu interesse
em adquirir a petroquímica.
Analistas do BTG lembram que a estatal brasileira tem declarado
há meses que a Braskem é estratégica e prefere um parceiro
estratégico e não financeiro. Portanto, parece possível que a
Petrobras possa exercer seus direitos de preferência para adquirir
a petroquímica.
Nesse cenário, o BTG acredita que os direitos de tag along
seriam acionados para os acionistas ordinários (float de apenas
2,9%), mas não para os acionistas preferenciais, embora haja muita
incerteza legal sobre essa questão.
Por fim, o BTG resssalta que a desvantagem (ou seja, um cenário
para uma queda das ações) da Braskem parece mais limitada agora,
mas a falta de confiança em uma recuperação rápida nas margens
petroquímicas e a alta alavancagem da empresa provavelmente
significam mais dois anos de geração de caixa limitada.
Com grande parte do potencial de curto prazo atrelado a uma
resolução sobre seu controle, o banco prefere ficar à margem até
ver fundamentos mais fortes e uma virada no ciclo da indústria.
Dessa forma, mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 24.
Informações Infomoney
Grafico Azioni BRASKEM PNA (BOV:BRKM5)
Storico
Da Giu 2024 a Lug 2024
Grafico Azioni BRASKEM PNA (BOV:BRKM5)
Storico
Da Lug 2023 a Lug 2024